Os cabos submarinos de telecomunicações são cruciais para a ligação entre continentes e fornecem uma segurança e capacidades cada vez maiores à medida que a procura de dados global aumenta, um novo projecto foi anunciado - o 2Africa, um cabo que servirá principalmente o continente africano e que terá cerca de 37k km e uma capacidade máxima de 180 Tbps.
O projecto junta várias empresas da área, incluindo a China Mobile, o Facebook, a Orange, a Telecom Egypt, a Vodafone entre outros, e será construído pela Alcatel Submarine Networks (ASN), ligará 23 países na Europa (incluindo Portugal), em África e no Médio Oriente podendo no futuro vir a ligar outros através de BU (branching units) ao longo do trajecto, está prevista a sua entrada ao serviço até 2024.
O 2Africa utilizará uma nova tecnologia da ASN - o SDM1 (Spatial Division Multiplexing) e utilizará 16 pares de fibra óptica conseguindo assim ter uma enorme capacidade e suportar o aumento de tráfego esperado com as redes de telecomunicações fixas e móveis.
A gigante americana Google acaba de anunciar o plano para construir um novo cabo submarino a implementar no oceano Atlântico entre Portugal e a África do Sul, com uma interligação intermédia à Nigéria e que poderá futuramente ligar a outros países em África - o Equiano.
Este novo cabo é o terceiro próprio da Google, depois do Curie (em homenagem a Marie Curie) entre Los Angeles nos E.U.A e Valparaiso no Chile que estará operacional já em 2019, e do Dunant (em homenagem a Henry Dunant) entre Virginia Beach nos E.U.A. e França que ficará disponível em 2020.
O Equiano (em homenagem a Olaudah Equiano) será construido pela Alcatel Submarine Networks e utilizará a tecnologia Space-Division Multiplexing (SDM) que permitirá uma melhor eficiência na utilização de energia e mais capacidade de que os sistemas actuais, como exemplo o Dunant, o primeiro cabo a utilizar esta tecnologia terá uma capacidade de 250 Tbps.
Está previsto entrar ao serviço em 2021 e será certamente um dos principais meios para comunicação entre a Europa e África e que permitirá acompanhar o crescimento global na transmissão de dados, tornando assim Portugal também num hub importante a par do cabo EllaLink para o Brasil.
Seria interessante também ver o desenvolvimento em breve de um novo cabo submarino a ligar directamente aos E.U.A. e que viesse substituir o "velhinho" Columbus-III, há 20 ao serviço (desde 1999 e espera-se que funcione até 2024).